17 de junho de 2013

Vida nova desde Agosto de 2012

Lá venho eu com a conversa do ah e tal, já há muito que não escrevia aqui. E é mesmo. Já lá vai quase um ano e tanta coisa mudou... Nova vida! E quando digo nova vida é isso mesmo, nova cidade, novo país, novos amigos, casa nova, trabalho novo, tudo novo, menos este corpinho que vai ficando cada vez mais velho, hehe.

Ao não encontrar trabalho na adorada cidade onde residia decidi começar a procurar em outras paragens e posso dizer que, afortunadamente, encontrei trabalho. Claro que tive de mudar de país e começar tudo de novo, mas a mudança aconteceu na altura ideal.

Posso dizer que o início na nova cidade não foi fácil. Ao encanto de ter tantas coisas novas para ver e descobrir junta-se o desencanto de não ter com quem partilhá-las. Não posso negar que os primeiros meses foram duros, com poucos conhecidos e pouco azo a convívios. A única vantagem foi que a minha linha estava impecável, peso pluma em acção.

Mas as novas tecnologias têm as suas vantagens e um belo dia, um português simpático, apresentou-me às meninas que viriam a ser as minhas companheiras inseparáveis nesta nova aventura.

Esse mesmo português levou-me a uma festa, e nessa festa conheci um menino com o qual sai algumas vezes, mais precisamente 6, no decorrer de quase dois meses. As coisas pareciam correr bem, até que numa das habituais viagens (ora viajava eu, ora viajava ele), ele deixou de escrever. Estranhei pois não era hábito. Respondia aos sms mas não tomava a iniciativa de escrever. Mesmo assim combinamos encontrar-nos quando ele regressasse. Eu fui pensativa e decidida. A pensar o que tinha significado o silêncio da última semana e decidida a obter uma resposta sobre em que patamar nos encontrávamos. Será que queríamos as mesmas coisas? Teríamos os mesmos objectivos? Tudo parecia indicar que sim mas “gato escaldado de água fria tem medo”, e assim, estava resolvida a confirmar.

A pergunta custou a chegar mas não podia deixar passar a oportunidade de pôr os pontos nos “is”. Quando finalmente perguntei se a conversa do nosso último jantar era verdade ou brincadeira, conversa essa em que o menino revelou ser muito mais aberto do que eu, ele confirmou que era sincero no que já me tinha dito. Ora eu agradeço a sinceridade mas acho que o menino precisa de uns valentes abanões para perceber que as coisas não se fazem assim. Sei que provimos de diferentes culturas mas não fui a única a viver a estória e a acreditar que os sinais positivos estavam todos lá. Talvez até um pouco cedo de mais. Talvez a desmedida atenção doa mais agora que apenas o silêncio ocupa lugar. O silêncio e a sensação de que não somos o sol que pensamos ver reflectido nos olhos da respectiva pessoa.