7 de dezembro de 2018

E como se chamam?

Ontem foi feriado e aproveitei para ir fazer umas compras com umas amigas, ao Roca Village.
A meio da tarde quis saber de ti e ao final do dia também. Perguntei se já tinhas deitado os miúdos e aproveitei para comentar que ainda não sabia os seus nomes. Ao que tu me respondes: -Normal pois eles também não sabem o teu. Como tu gostas de igualdade, aqui tens...
Confesso que não era a resposta que esperava e não me assentou demasiado bem. Será que falei demasiado no outro dia ou este é um tema demasiado sensível para ti e te sentiste invadido? Não sei, de todos os modos, como me incomodou um pouco, mais para a frente tentarei voltar a tocar no assunto. Não quero ser intrometida mas as crianças são parte da tua vida e se continuamos juntos, serão da minha também. Gostava de saber se isto foi porque és super protector, ou de contrário, aborrece-te falar do tema. Espero que seja a primeira opção!

5 de dezembro de 2018

Visita a Marte

Na terça-feira, dia 4, disseste-me que estavas mal. Que os teus sócios te queriam afastar da empresa e que a forma como o tinham feito tinha sido brusca e inesperada.
Tentei animar-te e na quarta-feira, véspera de feriado, lembrando-me do teu convite para ir à tua casa, soltei que se o convite se mantivesse podia ir para animar-te. Aproveitaste a deixa e disseste que gostavas de ver-me essa noite. Depois das 22:00h, para assegurar-nos que as crianças estariam a dormir.
Acedi a meu pesar, avisando que para mim era algo desconfortável, mas que por ti o faria.
Ao chegar nem te queria cumprimentar, ia dar-te dois beijos na cara, mas tu não te fizeste rogado e procuraste a minha boca.
Entrámos e encaminhaste-me para a sala, que fica no terceiro andar. Menos mal que fui de sabrinas, para não fazer ruído, pois passámos pelo quarto das crianças. 
Já na sala ofereceste-me vinho e estivemos à conversa, com música electrónica de fundo. Passaram-se umas horas e eu atrevidamente perguntei se não me ias mostrar onde dormias. Fizemos amor em silêncio, para não acordar as crianças. E pouco depois estava a vestir-me para regressar a casa.
Quando descemos e me levaste ao carro reparei no piano de pé que tens à entrada. Tocarás tu, ela, ou será só decoração?
O portão abriu-se e eu despedi-me com um aceno de cabeça, já te tinha dado um beijo em casa mas tu quiseste outro. Só pensei, se alguém me vê será uma vergonha...

1 de dezembro de 2018

Jantar romântico

Depois de outra semana sem nos vermos lá combinamos ir jantar. Pergunta amorosa do teu lado se podes ficar a dormir. Aprecio o gesto de perguntar, de que não assumas que podes ficar sempre a dormir cá em casa. Dizes que depois no dia seguinte apanhas o voo para Bruxelas.
Aviso-te que vou fazer voluntariado mas que a partir das 18:00h estarei em casa e podes vir. Finalmente tenho a camisa branca passada a ferro. Vou usa-la com a saia em tubo preta que comprei para acompanhar o papi num jantar há anosss no Porto. De meias de liga e saltos vermelhos estou segura que irás gostar.
Aproxima-se a hora da tua chegada e lá estou eu a ficar com dores de barriga... as reacções que tenho antes de estar contigo.
Tocas à porta e claramente ficas contente com o que vês. Além disso dizes-me, que gostas quando me arranjo para ti. Mas desta vez isso não provoca uma reacção negativa no meu corpo. Fico contente que estes agradado.
Depois de uns beijinhos na sala lá saímos para jantar. Vamos de mão dada, qual casal de namorados, e apanhamos o metro.
O restaurante que eu escolhi é simpático, italiano e romântico q.b.
Às tantas perguntas porque uma rapariga como eu continua solteira e escolheu um moço como tu. 
Respondo que do catálogo "tinder" o meu pai me tinha deixado escolher um e que eu te tinha escolhido a ti. Tal como um pedido de presente ao Pai Natal, do mais belo catálogo do El Corte Inglés. Tu respondes: - Só um? E eu: - Claro, desde que te conheci só um, ou tu sais com mais alguém? Ao que tu respondes: - NÃO! e me devolves a pergunta. Eu respondo com sinceridade que também não. 
E neste momento a noite para mim já está ganha, as dúvidas dissipam-se um pouco mais e a alegria invade o meu coração. 
Passo a noite mais descontraída ao teu lado e desperto feliz no domingo. 
De manhã pergunto se queres tomar o pequeno-almoço e respondes que podemos ir fora. Uma vez mais deste a resposta correcta e eu digo que te preparo a comida. Ficas contente e eu também, pelo facto de não teres assumido que te ia fazer o pequeno-almoço.
Ao comermos lado a lado decidimos falar de doenças e das medidas que temos que ter se queremos continuar a nossa relação de uma forma adulta e cuidadosa. Digo que vou marcar consulta no ginecologista e tu que vais fazer exames. 
Isto pode ser o início de uma bonita relação :)

28 de novembro de 2018

Pouco a pouco...

Pois é, outra entrada no meu diário.
Estive aqui a pensar se não devia considerar isto que me está a passar com este moço como um experimento social. Um teste para ver se eu for a cuidadora e boazinha que nunca fui, vai fazer com que as coisas continuem a funcionar.
A minha Coach diz que tenho que estar vulnerável para acolher e abraçar o amor. Mas custa-me muito! Tenho mais um sentimento de possessão que de amor. Mas não podemos possuir as pessoas. Há que deixar fluir, mas a verdade é que vejo tudo muito racional com este moço. Não é mau, mas não sei se consigo apaixonar-me assim.

21 de novembro de 2018

Dia 40

Apercebi-me de duas coisas nestes 40 dias. Primeiro, não te levar demasiado a sério e seguir do mesmo modo. Ou seja, não ter conversas sérias através do Whatsapp. Imagino que foi por isso que não atendeste a minha chamada, para evitar conversas sérias.
A segunda coisa é que os homens em geral, e este em particular, procuram alguém que tome conta deles. É verdade, ele "confessou" que a sua ex-mulher era algo dominante, assim que assumo que neste momento ele procura alguém que seja exactamente o oposto. Foi o que eu precisei quando terminei a minha relação de longa data. Algo diferente, que fosse justamente o contrário do que eu tinha tido antes.
Aprendi que se eu quero ter alguém na minha vida também tenho de mudar, ser vulnerável e baixar as minhas defesas. Isto também inclui ter mais iniciativa nas tarefas domésticas, como cozinhar. Não desgosto de cozinhar e se o homem não cozinha, não tem mal nenhum que seja eu a fazê-lo. Tenho de mudar a mentalidade, nada mau provém dai!

11 de novembro de 2018

Viagem de regresso

De regresso a Barcelona e embora me sinta cansada porque não descansei muito durante o fim-de-semana, de alguma forma também me sinto aliviada, por afastar-me dos problemas.
Longe da vista, longe do coração.

10 de novembro de 2018

Dia 30 desde que te conheci

Conhecemo-nos uma quarta-feira à tarde, dia 10 de Outubro. Já se passaram um mês e 4 encontros depois disso, e eu ainda não sei o que pretendo disto. Ambos vivemos as nossas vidas, com agendas preenchidas e uma série de razões para adiar vermo-nos. Tu tens os teus filhos, a recente separação da tua mulher. Eu tenho a minha liberdade e os meus hábitos. Já há algum tempo que não estou numa relação e não estou segura a 100% que é isso que quero realmente. Às vezes penso que é isso que quero, outras não... Mas à parte disso, também não sei que pretendes. Estás disponível ou à procura de outra relação?
Tens tudo o que uma mulher quer de um homem, no entanto sinto-te distante e não tenho a certeza que me queres conhecer de verdade. Eu, por outro lado, estou a fazer um grande esforço por sair da minha zona de conforto e ser mais agradável. Gosto de tomar conta das pessoas, só não gosto que elas assumam que o vou fazer porque sou mulher. Odeio isso! Podemos dizer que saio à minha mãe. Mas agora vejo que demasiado é demasiado. Ou seja, podemos tentar fazer o outro feliz cedendo um pouco, desde que isso não interfira com valores de força maior ou crenças.
Aprendi isso há algum tempo, que posso ser uma mulher, feminina, e não perder a minha força por agradar a um homem. O meu problema é no dia a dia. Ao fazer as tarefas domésticas. Além de não gostar de limpar a casa, sinto que não é o meu dever fazê-lo apenas porque sou uma mulher. E quero demonstrá-lo ao mundo. Porquê? Talvez porque tive que defender-me de uma antigo professor. Ele estava sempre a fazer piadas sobre o nosso papel na sociedade e eu sentia que tinha de provar que ele estava errado.
Tenho de parar com esta tendência de analisar demasiado e encontrar sempre a causa para tudo. Pode ser essa a razão ou não. Quem sabe? Eu não, seguramente! Só quero melhorar e parar de sentir que tenho sempre que provar-me a mim mesma, ser forte e não demonstrar os meus sentimentos.