28 de novembro de 2018

Pouco a pouco...

Pois é, outra entrada no meu diário.
Estive aqui a pensar se não devia considerar isto que me está a passar com este moço como um experimento social. Um teste para ver se eu for a cuidadora e boazinha que nunca fui, vai fazer com que as coisas continuem a funcionar.
A minha Coach diz que tenho que estar vulnerável para acolher e abraçar o amor. Mas custa-me muito! Tenho mais um sentimento de possessão que de amor. Mas não podemos possuir as pessoas. Há que deixar fluir, mas a verdade é que vejo tudo muito racional com este moço. Não é mau, mas não sei se consigo apaixonar-me assim.

21 de novembro de 2018

Dia 40

Apercebi-me de duas coisas nestes 40 dias. Primeiro, não te levar demasiado a sério e seguir do mesmo modo. Ou seja, não ter conversas sérias através do Whatsapp. Imagino que foi por isso que não atendeste a minha chamada, para evitar conversas sérias.
A segunda coisa é que os homens em geral, e este em particular, procuram alguém que tome conta deles. É verdade, ele "confessou" que a sua ex-mulher era algo dominante, assim que assumo que neste momento ele procura alguém que seja exactamente o oposto. Foi o que eu precisei quando terminei a minha relação de longa data. Algo diferente, que fosse justamente o contrário do que eu tinha tido antes.
Aprendi que se eu quero ter alguém na minha vida também tenho de mudar, ser vulnerável e baixar as minhas defesas. Isto também inclui ter mais iniciativa nas tarefas domésticas, como cozinhar. Não desgosto de cozinhar e se o homem não cozinha, não tem mal nenhum que seja eu a fazê-lo. Tenho de mudar a mentalidade, nada mau provém dai!

11 de novembro de 2018

Viagem de regresso

De regresso a Barcelona e embora me sinta cansada porque não descansei muito durante o fim-de-semana, de alguma forma também me sinto aliviada, por afastar-me dos problemas.
Longe da vista, longe do coração.

10 de novembro de 2018

Dia 30 desde que te conheci

Conhecemo-nos uma quarta-feira à tarde, dia 10 de Outubro. Já se passaram um mês e 4 encontros depois disso, e eu ainda não sei o que pretendo disto. Ambos vivemos as nossas vidas, com agendas preenchidas e uma série de razões para adiar vermo-nos. Tu tens os teus filhos, a recente separação da tua mulher. Eu tenho a minha liberdade e os meus hábitos. Já há algum tempo que não estou numa relação e não estou segura a 100% que é isso que quero realmente. Às vezes penso que é isso que quero, outras não... Mas à parte disso, também não sei que pretendes. Estás disponível ou à procura de outra relação?
Tens tudo o que uma mulher quer de um homem, no entanto sinto-te distante e não tenho a certeza que me queres conhecer de verdade. Eu, por outro lado, estou a fazer um grande esforço por sair da minha zona de conforto e ser mais agradável. Gosto de tomar conta das pessoas, só não gosto que elas assumam que o vou fazer porque sou mulher. Odeio isso! Podemos dizer que saio à minha mãe. Mas agora vejo que demasiado é demasiado. Ou seja, podemos tentar fazer o outro feliz cedendo um pouco, desde que isso não interfira com valores de força maior ou crenças.
Aprendi isso há algum tempo, que posso ser uma mulher, feminina, e não perder a minha força por agradar a um homem. O meu problema é no dia a dia. Ao fazer as tarefas domésticas. Além de não gostar de limpar a casa, sinto que não é o meu dever fazê-lo apenas porque sou uma mulher. E quero demonstrá-lo ao mundo. Porquê? Talvez porque tive que defender-me de uma antigo professor. Ele estava sempre a fazer piadas sobre o nosso papel na sociedade e eu sentia que tinha de provar que ele estava errado.
Tenho de parar com esta tendência de analisar demasiado e encontrar sempre a causa para tudo. Pode ser essa a razão ou não. Quem sabe? Eu não, seguramente! Só quero melhorar e parar de sentir que tenho sempre que provar-me a mim mesma, ser forte e não demonstrar os meus sentimentos.