10 de novembro de 2018

Dia 30 desde que te conheci

Conhecemo-nos uma quarta-feira à tarde, dia 10 de Outubro. Já se passaram um mês e 4 encontros depois disso, e eu ainda não sei o que pretendo disto. Ambos vivemos as nossas vidas, com agendas preenchidas e uma série de razões para adiar vermo-nos. Tu tens os teus filhos, a recente separação da tua mulher. Eu tenho a minha liberdade e os meus hábitos. Já há algum tempo que não estou numa relação e não estou segura a 100% que é isso que quero realmente. Às vezes penso que é isso que quero, outras não... Mas à parte disso, também não sei que pretendes. Estás disponível ou à procura de outra relação?
Tens tudo o que uma mulher quer de um homem, no entanto sinto-te distante e não tenho a certeza que me queres conhecer de verdade. Eu, por outro lado, estou a fazer um grande esforço por sair da minha zona de conforto e ser mais agradável. Gosto de tomar conta das pessoas, só não gosto que elas assumam que o vou fazer porque sou mulher. Odeio isso! Podemos dizer que saio à minha mãe. Mas agora vejo que demasiado é demasiado. Ou seja, podemos tentar fazer o outro feliz cedendo um pouco, desde que isso não interfira com valores de força maior ou crenças.
Aprendi isso há algum tempo, que posso ser uma mulher, feminina, e não perder a minha força por agradar a um homem. O meu problema é no dia a dia. Ao fazer as tarefas domésticas. Além de não gostar de limpar a casa, sinto que não é o meu dever fazê-lo apenas porque sou uma mulher. E quero demonstrá-lo ao mundo. Porquê? Talvez porque tive que defender-me de uma antigo professor. Ele estava sempre a fazer piadas sobre o nosso papel na sociedade e eu sentia que tinha de provar que ele estava errado.
Tenho de parar com esta tendência de analisar demasiado e encontrar sempre a causa para tudo. Pode ser essa a razão ou não. Quem sabe? Eu não, seguramente! Só quero melhorar e parar de sentir que tenho sempre que provar-me a mim mesma, ser forte e não demonstrar os meus sentimentos.

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