O eu e o outro

E se um dia, por apenas um dia, me deixasse de morais e princípios e fizesse tudo o que desse na real gana? Será que era capaz? Talvez embriagada, em estádio ébrio sim que conseguiria, porque a razão não me deixa alcançar o estado de espírito que hoje multitudes conseguem. Estar no mundo um dia e só pensar em mim e não nos outros, no que me faz feliz e me apetece e não me importar com convencionalismos e polidezes. Não sei se serei algum dia capaz, pois são muitos anos de princípios inabalados, onde o respeito pelo outro está sempre presente. Gosto de ser assim e muitas vezes me pergunto porque os outros não o são também, factor que me leva a questionar como será estar na pele do outro não respeitador, sem limites e sem conjecturas. De certeza que não me iria agradar e continuaria a ser como sempre, educada e respeitadora dos limites do meu eu, onde começa a liberdade do outro, mas por um dia não faria mal, uma vez na vida experimentar. Talvez amanhã, talvez amanhã...