Claro está que dei um salto na cadeira, porque se há coisa que a menina não gosta são insectos.
Afastei-me e pus duas cadeiras entre mim e a criatura mutante, não fosse ela decidir contra atacar, por se sentir num ambiente hostil. Ela ainda fez uma tentativa de voar janela fora, mas a mal jeitosa bateu contra a parede e voltou a cair redonda no chão. Não contente com a aventura, bateu as asas e consegui ficar de pernas para o ar, ali, a espernear.
Pensei: -E agora???, que assim a bicha não me sai daqui pelo próprio pé, ou melhor dizendo, pelas próprias asas...
Fui à cozinha buscar uma pá e uma vassoura e ainda fiquei a olhar para ela a ver se ela se virava. Nada!
Dei-lhe um pequeno toque com o cabo da vassoura para tentar ajudá-la a virar-se mas sem sucesso. Pensei um pouco mais e decidi. Tinha de fazer qualquer coisa, não é?! Então, arriscando a própria vida, decidi metê-la na pá com a ajuda da vassoura e atirá-la janela fora. Com sorte a borboleta gigante lembrar-se-ia como se voa, tal como os peixes não esquecem como se nada.
Aqui vai, pá pela janela fora e SIM, a bicha voou até à árvore mais próxima.
Agora só espero que não tenha saudades e não se lembre de me vir visitar!
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