4 de janeiro de 2011

O dia em que te esqueci


Foi no dia 3 de Janeiro, exactamente 20 dias depois dos quatro meses de namoro. Como descobri que te tinha esquecido? Voltámos a falar do passado e porque motivos teria falhado a relação. E eu não me senti mal nem nostálgica, nem com vontade de resolver as coisas. Senti que o que passou, passou e já não há nada a fazer. E mesmo quando me disseste que não te conseguias entregar porque começaste a pensar demais e tinhas receio de uma relação incerta e à distância eu pensei, bolas, ele podia ter-me dito isso antes, na altura, mas agora já é tarde.
Fechei o meu coração para ti e não tenciono voltar a abri-lo. Como te disse ontem espero que tenhas consciência que tu é que ficaste a perder e creio que de certa forma a tens.
Mas que fazer quando uma pessoa retrai os sentimentos e não deixa o outro entrar nem aproximar-se? Lutar como uma louca para ter de volta a chama da paixão entretanto apagada? Talvez... mas as palavras que foste usando comigo foram demasiado fortes e ressoavam no meu coração como que a bater de um lado para o outro, no jogo da bola e da parede, onde a bola nunca pára.
Não estou ressentida e claro, embora tenha ficado com pena da nossa separação, sinto que cresci emocionalmente e agora compreendo melhor certas coisas que ia ouvindo, como quando te apaixonas deixas de pensar com racionalidade e sabes que gostas daquela pessoa, não precisas de motivos nem de porquês, simplesmente sabes e deixas-te levar. Queres passar todos os momentos com ela e só isso deixa-te feliz e contente. Por isso estava sempre a sorrir feito parvinha quando olhava para ti. Não era por nenhum motivo em especial, apenas porque existias e me fazias feliz.
Nos últimos tempos, quando começaste a pensar demais senti o afastamento e foi a partir de ai que deixei de sorrir. Sentia um aperto no coração e um vazio como quando te falta a tua outra metade. Estava a redesenhar-me com base nos novos sentimentos, que me faziam respirar, e quando eles começaram a tremer a respiração começou a falhar. Foi por isso, pelo sentimento de perda que já começava a sentir que não insisti contigo quando numa conversa de café me disseste que éramos melhor enquanto amigos, porque não vias futuro na nossa relação. Fiquei sem ar e sem saliva e sem palavras para continuar a lutar.
Hoje voltei a sentir-me bem, livre e solta e feliz por conseguir estar só. Quero voltar à amizade que congelamos e continuar como se nada tivesse acontecido, mas com a certeza que agora me conheço ainda melhor e que consigo amar...

1 comentário:

  1. Cara Joanna, compreendo-te perfeitamente e acho que estarmos apaixonadas/os é isso mesmo, deixarmo-nos levar pelo sentimento e seguir o coração sem pensar muito, sem questionar se as coisas vão correr bem ou não, se ele/a nos irá enganar ou se vai acabar sempre tudo da mesma forma. Apaixonarmo-nos é sempre arriscado, mas implica darmo-nos por inteiro, de corpo e alma, porque se assim não for, mais vale estar só ... e porque neste momento sinto isso e sou correspondida, posso garantir-te que a espera pelo homem certo merece todo o tempo e mais algum.
    Nunca acreditei muito nestas coisas, mas agora que estou apaixonada (e acho que pela primeira vez na vida), percebo todas as lamechices dos filmes e livros ... e vejo as estrelas, as faíscas, sinto as borboletas no estômago e suspiro por tudo e por nada ... e acaba por ser tudo tão natural, que não há lugar para dúvidas nem receios, só para o desejo de usufruir o máximo de tempo possível com a pessoa que amamos ... tão simples como isso :)
    Boa sorte na tua busca pelo homem certo, não desistas, porque ele anda por aí, só tens de continuar a acreditar, sempre!

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