Facto curioso que
gostaria de deixar por escrito. De estes meses em que fui convivendo com o “meu
chico” não reparei em grandes diferenças culturais. Na realidade, todo o
contrário, é educado, cavalheiro e super respeitador, coisa comum aos
portugueses com classe. É conservador, é um facto, mas também é betinho. Nada
de diferente até aqui no que se compara a boas famílias portuguesas. Trata-me
bem mas tem coisas que não diria que são culturais, são mais suas e quizás de
homem, se se pode considerar assim. Diz que não gosta de falar ao telefone,
muito menos a diário, que é coisa de velhos. Ok que mantemos contacto diário
pelo chat, mas não é bem a mesma coisa, não é?
Este
fim-de-semana finalmente estive com ele, 43 dias depois, desde a última vez que
nos vimos. O fim-de-semana correu muito bem, mas quando lhe perguntei onde planeia
viver, já que vendeu a casa de Bruxelas, nunca fez qualquer referência a
Espanha. Deu a entender que agora vive na Bélgica e aí quer ficar.
Ora, isso
associado ao facto de ele nem ter tentado combinar comigo quando nos vemos
novamente, leva-me a pensar várias coisas. O mais certo é que tenha de falar
com ele sobre o assunto, porque ele não adivinha o que me vai na mente, mas se assim é tenho de
tomar uma posição.
Certo é que
domingo, quando regressei estava tristíssima outra vez. Senti-me como no dia 16
de Janeiro (o nosso último encontro antes da separação de mês e meio), com a sensação que não o ia reencontrar.
Tenho mesmo de lhe dizer
isto, porque ele ao que parece é mais de planear ao momento e eu fico muito
mais tranquila quando sei quando o volto a ver...
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